Ontem voltando de Chapecó estourei um pneu do carro. Antes explico para aqueles que não me conhecem pessoalmente que Chapecó é uma cidade em SC, um pouco maior que minha cidade natal, Nonoai no RS. Todo santo dia eu me desloco até lá, uma viagenzinha de 40 min de carro ou de uma hora se eu for de ônibus.
Pois bem, fazia só alguns minutos que eu havia entrado na rodovia, muito mal conservada por sinal, quando escuto um barulho indefectível de pneu furando, explodindo para ser mais exata. Pânico total. Não pelo pneu em si e toda a situação de que não, eu não sei trocar um pneu (e se existir realmente uma mulher capacitada para tal façanha que se apresente). O medo bateu em ter que ficar nas margens de uma rodovia, sozinha, com o sinal do celular oscilando e rezando ora para alguém parar, ora para não parar, porque vai que é um assassino, um estuprador, sequestrador ou algo do tipo?
Meu celular resolveu funcionar, mas só discava para um número: o do meu pai, graças a Deus. Ele mora em Chapecó e foi me salvar. Essa parte foi engraçada e até inexplicável. Tentei ligar pro seguro, pra minha mãe e pro meu marido, só prá avisar, mas nenhuma das ligações conseguia completar. O único que chamou foi meu pai e ele prontamente foi em meu socorro.
No fim, quando ele chegou onde eu me encontrava, um casal muito simpático com uma criança (uma mulher e uma criança: forte indício de segurança, sei que pode falhar, mas pelo menos fiquei mais tranquila)já estava me ajudando, o moço prontamente trocou meu pneu (que ficou destruído e inutilizável) e eu pude seguir viagem.
Se eu algum dia vou aprender a trocar pneu? Não sei, fiquei assistindo e não é tão difícil, mas rezar eu já sei e tenho certeza que o cara lá de cima me atende. E meu pai também.
P.s: De uns cinquenta carros mais ou menos que passaram enquanto eu estava parada, apenas aquele, do casal, parou. O povinho sem compaixão! Ou será que seria medo também? Porque pensando bem, eu nunca paro...mas esse é assunto para outro post...
Um comentário:
Claudinha, sei mais ou menos o que você passou. Nunca furei o pneu na estrada, mas, na cidade, duas vezes. Uma o senhor bípede estava viajando. E na outra ele não estava, mas é como se estivesse, porque cada um cuida do seu carro e eu acabei conseguindo um homem para me ajudar. Que bom que deu tudo certo. Nada como um pai de verdade para socorrer um filho em uma hora dessas.
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