Chora. Pode chorar.
Pois quem chora lava a alma
Que há muito andava esquecida.
Nas gavetas da memória e na rua em que passa
Lembra de toda a sua graça em descobrir-se menina
Mulher, mãe, amante e amiga
Uma mistura de tudo o que foi, o que é e o que ainda será.
Mas chora. E depois ri.
Porque quem chora despeja a tristeza
Para dar espaço à alegria que lhe sorri.
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